Seu pensamento
Às vezes, pergunto a mim mesma por que gosto das coisas que gosto. Obviedades!
Gostar de Adriana Calcanhoto compõe uma destas obviedades.
A agudização de sua voz parece sopro em canutilho.
De tão fina, acho que desafina. Mas, não! É apenas uma voz fina que foge da obviedade.
O violão de Adriana Calcanhoto não comporta muitas dissonâncias e, ao contrário, ressoa notas leves em musicalizações de versos que transformam o sentimento da gente em plena obviedade.
Então, por isso, respondo a mim mesma por que gosto das óbvias coisas que gosto. E por que gostei do show Maré!
A última vez que vi Calcanhoto faz alguns anos, na Concha Acústica do TCA. Ela estava sozinha, com seu violão, à frente de 5.000 pessoas. E, qualquer uma (um) cantora (or) que diante de mim assim está, alcança, instantaneamente, o lugar de divindade.
E eu me dissolvo completamente!
E assim estava Calcanhoto matando-me de inveja e de prazer em ouvi-la.
O show de hoje foi, diferentemente, sofisticado, macio, aconchegante, bonito.
Junto com os músicos Alberto Continentino (baixo, guitarra, berimbau de boca, escaleta), Bruno Medina (teclados), Domenico Lancellotti (bateria, percussão, guitarra), Marcelo Costa (bateria e percussão) Adriana cantou, com seu estilo sério e inteligente, composições suas e de seus parceiros, como Waly Salomão.
Às vezes, pergunto a mim mesma por que gosto das coisas que gosto. Obviedades!
Gostar de Adriana Calcanhoto compõe uma destas obviedades.
A agudização de sua voz parece sopro em canutilho.
De tão fina, acho que desafina. Mas, não! É apenas uma voz fina que foge da obviedade.
O violão de Adriana Calcanhoto não comporta muitas dissonâncias e, ao contrário, ressoa notas leves em musicalizações de versos que transformam o sentimento da gente em plena obviedade.
Então, por isso, respondo a mim mesma por que gosto das óbvias coisas que gosto. E por que gostei do show Maré!
A última vez que vi Calcanhoto faz alguns anos, na Concha Acústica do TCA. Ela estava sozinha, com seu violão, à frente de 5.000 pessoas. E, qualquer uma (um) cantora (or) que diante de mim assim está, alcança, instantaneamente, o lugar de divindade.
E eu me dissolvo completamente!
E assim estava Calcanhoto matando-me de inveja e de prazer em ouvi-la.
O show de hoje foi, diferentemente, sofisticado, macio, aconchegante, bonito.
Junto com os músicos Alberto Continentino (baixo, guitarra, berimbau de boca, escaleta), Bruno Medina (teclados), Domenico Lancellotti (bateria, percussão, guitarra), Marcelo Costa (bateria e percussão) Adriana cantou, com seu estilo sério e inteligente, composições suas e de seus parceiros, como Waly Salomão.
Desfilou elegância e autenticidade através de um magnífico cenário marítimo assinado por Hélio Eichbauer, figurinos de Gilda Midani e uma fantástica iluminação de Coletivo Maré, com surreais néons e coloridos para os olhos de 1.500 pessoas.
O show é homônimo do cd Maré, seu oitavo disco e o segundo da trilogia, que o coloca na situação de liberdade de dialogar com vários estilos de composições e de autores. Um cd intermediário, segundo a própria artista.
Fui feliz ao ver o “Maré” e sou feliz quando Calcanhoto usa “Esquadros” para esquartejar as minhas obviedades. Que o mar venha de volta e mais uma vez!
O show é homônimo do cd Maré, seu oitavo disco e o segundo da trilogia, que o coloca na situação de liberdade de dialogar com vários estilos de composições e de autores. Um cd intermediário, segundo a própria artista.
Fui feliz ao ver o “Maré” e sou feliz quando Calcanhoto usa “Esquadros” para esquartejar as minhas obviedades. Que o mar venha de volta e mais uma vez!
Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida KahloCores!
Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção
No que meu irmão ouve
E como uma segunda pele
Um calo, uma casca
Uma cápsula protetora
Ah, Eu quero chegar antes prá sinalizar o estar de cada coisa
Filtrar seus graus.
Eu ando pelo mundo divertindo gente, chorando ao telefone
E vendo doer a fome nos meninos que têm fome.
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle.
Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm
Para quê?
As crianças correm
Para onde?
Transito entre dois lados
De um lado eu gosto de opostos
Exponho o meu modo
Me mostro
Eu canto para quem?
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle.
Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado.
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janelaQuem é ela?
Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle.
(Composicão de Adriana Calcanhoto, cd Público, ano 1999)
(Composicão de Adriana Calcanhoto, cd Público, ano 1999)
4 comentários:
Su, graças aos deuses as obviedades nos alimentam, embora de óbvia Adriana não tenha nada, né? São pelos sentimentos que nos unem a todos (mais uma obviedade) que as palavras de Cazuza, cantadas pelo vibrante agudo dessa linda e enviesada mulher não me saem da cabeça, dos ouvidos, dos sentidos: Olha bem na minha cara e confessa que gostou do papo bom, do meu jeito são, do meu sarro, do meu som, dos meus toques pra você mudar... MARAVILHOSO!!! Beijos Fa
Fafazinha,
desde a primeira vez que eu ouvi esta música, também fiquei impactada. Diz algo de direto, de frontal, de imperativo. E por isso, é uma música forte! E mais, é um convite a auto-estima feminina.
Acho que toda mulher deveria ouvir esta música de Cazuza, repetidamente e...repetidamente, como uma reza!
Meninaaaa...vou correndo pro soul sista...até que enfim, né? Tava curiosíssima!
Já vi, só pelo título, que tem style e é na primeira pessoa do singular!Massa.
Beijão
Su,
Obrigado pela visita,viu? saudades. Amei seus comentários sobre Adriana. Você faz poemas!!!Beijos.
Amigo Marlon, voce é que é poeta! Quantas vezes preciso dizer-lhe isso? (hahaha). Visitar-lhe através do seu blog é sempre uma "viagem". Nestes tempos de isolamento que a escrita nos obriga, e que voce sabe por que já passou, aquela postagem de foto, sorrisos e letra de Assis Valente no seu blog me matou de saudades de todo mundo, de voce e da galera "sangue-bom" do CEAO.
Beijos e passe sempre por aqui
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