Tento crer
Nesses lábios que meus lábios sugam de prazer
Sugo sempre
Busco sempre
A sonhar em vão
Cor vermelha carne da sua boca, coração
Eu já esqueci você, tento crer
Seu nome, sua cara, seu jeito, seu odor
Sua casa, sua cama
Sua carne, seu suor
Eu pertenço a raça da pedra dura
Quando enfim juro que esqueci
Quem se lembra de você em mim
Em mim
Não sou eu sofro e sei
Não sou eu finjo que não sei, não sou eu
Sonho bocas que murmuram
Tranço em pernas que procuram enfim
Não sou eu sofro e sei
Quem se lembra de você em mim
Eu sei, eu sei
Bate é na memória da minha pele
Bate é no sangue que bombeia
Na minha veia
Bate é no champanhe que borbulhava
Na sua taça e que borbulha agora na taça da minha cabeça
Eu já esqueci você, tento crer
Nesses lábios que meus lábios sugam de prazer
Sugo sempre Busco sempre a sonhar em vão
Cor vermelha, carne da sua boca, coração "#
Hoje acordei assim.
Lembrei de artistas que nunca mais ouvi, como Milton Nascimento. Por coincidência, ao abrir o jornal matutino, vi que chegou ao Brasil, pela Biscoito Fino, o álbum Belmondo e Milton, gravado na França em 2008, no qual os dois franceses e irmãos Belmondo, bola da vez do jazz na atualidade, mergulham no tempo áureo de Milton e escolhem grandes pérolas de sua obra, misturando-as em novos arranjos.
Enquanto lia esta notícia e me preparava para fazer as coisas sérias( e chatas) do dia, tocou no rádio João Bosco em Memória da Pele. E, por falar nisso, João também anda sumido.
Pronto.
Eu que hoje acordei assim.
Lembrei que havia esquecido.
(Ou pensava que havia)
Mas, que ficam sempre, e de vez em quando...
as memórias
na pele.
Ainda assim. "eu já esqueci você. Tento crer"!
#Memória da pele é música de João Bosco e vale a pena ouvir